Doris Lessing
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Num texto recente para o jornal El País , Alberto Manguel relembra dos quinze anos de amizade cultivada entre ele e a escritora britânica Doris Lessing: “a nossa era, num sentido literal, uma amizade baseada na palavra escrita. Por carta, discutimos sobre política, sobre livros, sobre as mentiras da história e a verdade da literatura, do teatro e do cinema, e dos laços familiares de cada um, dessa vontade humana de criar obrigações afetivas que Francis Bacon chamou ‘reféns da Fortuna’. Criticamos editores, publicações, governos e lamentamos a sorte dos países que sentimos inexoravelmente nossos: em seu caso, Rodésia.” A Manguel, Lessing teria confessado – “Uma parte de mim estará sempre na África”. A escritora que nasceu no Irã em 1919 morreu no início desta semana em Londres, onde vivia desde adulta. Tinha 94 anos e há três anos fora a ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura. Aos cinco anos de idade mudou-se com os pais para uma província na Rodésia (hoje Zimbábue) onde viveu