Não entres tão depressa nessa noite escura, de António Lobo Antunes
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBt37CrQ5Tqdp5DXSrL3hfAmapXzAUyensVJJWZQG8O9QwXdLHRXizeyIg_SfKEAI4v5pwXHKnnG0-XshZ0xJuy37XV-yyUZbspEuY_dKHKp2Nuf4UA4QAb9Xc7vUVmY1IturXCzmyLSs/s640/ALA-Naoentrestaodepressa.png)
Por Pedro Fernandes Certa vez, Miguel Real, uma das figuras mais lúcidas da crítica literária portuguesa, afirmou que António Lobo Antunes trata-se de um caso singularíssimo e alguém não igualado por ninguém, nem antes e nem na contemporaneidade, no cenário das letras portuguesas; “seus livros revelam uma nova dobra na língua portuguesa, um novo horizonte estético para esta, uma nova forma de combinação de palavras até então nunca descoberta”, diz o crítico. Provam-no a extensa obra romanesca que tem escrito, o exercício da crônica, os mais singulares na literatura em língua portuguesa contemporânea. Muito recentemente, escreveu Caminho como uma casa em chamas , que certamente merecerá atenção por aqui, noutra ocasião. Este texto agora publicado é, no entanto, um conjunto de notas sobre um de seus romances mais conhecidos, e um dos mais densos e mais difíceis também (António Lobo Antunes não escreve para leitores comuns, aliás não escreve para, desafia-os). Não entres tã