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Mostrando postagens de junho 19, 2020

Para tempos de isolamento: Naoko Ogigami

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Por Paula Luersen cena de Megane , de Naoko Ogigami. Depois de mais de oitenta dias de reclusão, vivendo em um país que não apresenta a menor perspectiva de retração da COVID-19, em que o respeito pelos mortos precisa ser afirmado frente à assustadora indiferença de grande parte da população, é difícil saber a que tipo de arte dedicar o nosso tempo. Pois a necessidade de arte não chega a se colocar como dúvida: em tempos de estupidez e descaso gerais, precisamos da arte para nos manter lúcidos e engajados com o mundo. As escolhas, contudo, acabam tomando uma importância fundamental para que a nossa sensibilidade, já tão ferida, não seja atingida em cheio a ponto de nos deprimir. Considerando esse cenário, encontrei nos filmes de Naoko Ogigami, assistidos durante a quarentena, nada menos que tranquilidade. Após o primeiro filme, tive de procurar pelos outros, tamanha a habilidade da roteirista e diretora japonesa de me manter interessada no que tem a dizer. As histór