Flores raras, de Bruno Barreto
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Por Pedro Fernandes Não estamos diante de uma obra de arte que quer provocar rompimentos estéticos – afinal o que é isso mesmo se toda obra de arte não traz ela própria já esse sentido como prova de que a normalidade nunca lhe pertence? Mas, é um filme, digo logo, que deve ser visto e paparicado pelo público brasileiro. Não é isso uma previsão, mas um modo de pedir. Lá fora, sim, suspeito que a produção possa também não ter a repercussão necessária. A conclusão futurista vem do fato de que este foi um trabalho que teve seus empecilhos ainda quando o diretor estava no processo de captação de recursos para sua realização – coisa que não é nova em se tratando de qualquer produto artístico, mas este tinha um quê que deu balbúrdia: algumas empresas se recusaram a fornecer patrocínios para não ter o belo e tradicional nome (empurre o leitor aqui toda carga de ironia que a expressão possa ocupar) a uma história recebida grosso modo com uma penca de lesbianismo do princípio ao fim d