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Biografia involuntária dos amantes, de João Tordo

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Por Pedro Fernandes João Tordo. Foto: Fernando Dinis   “O amor também é uma mentira. A mentira mais velha do mundo”. As duas sentenças aparecem numa conversa entre o professor narrador de boa parte da história contada em Biografia involuntária dos amantes e a chefe de uma editora em Londres, Antonia McKay, e justapostas, como foram propositalmente apresentadas aqui, podem evidenciar sobre o que é este romance de João Tordo. Se não traduzem efetivamente a obra, são significativas para o estágio de permanente frustração que acometem as personagens envolvidas nos dramas centrais da narrativa. Pode-se mesmo dizer que a tentativa do narrador ao se enredar pela história trágica entre o poeta mexicano Miguel Saldaña Paris e Teresa de Sousa é uma tentativa – e sobre ela caberá ao leitor descobrir se é ou não uma tentativa igualmente frustrada – em reverter sua condição de sujeito à beira de sucumbir às forças indeléveis do amor. Isto é, não deposite o leitor grande arroubo an