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Mostrando postagens de novembro 17, 2020

Pequeno-burgueses, de Maksim Górki

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  Por Joaquim Serra   Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, Mas foram os reis que transportaram as pedras? “Perguntas de um Operário Letrado”, Bertolt Brecht. Maksim Górki. Foto: General Photographic Agency / Getty   Dois nomes, Anton Tchekhov e Maksim Górki, marcariam de forma diversa a literatura russa da passagem do século. De um lado, o escritor contido, já inovador do gênero conto e da dramaturgia, dono de uma prosa concisa “também testemunha por excelência, sutil, e aparentemente imparcial, de uma época sombria, a Rússia das duas últimas décadas do século XIX” (ANGELIDES, 2002, p. 27). Do outro lado, Górki surge com um evidente sucesso nos fins dos anos 1890, com suas personagens saídas do submundo, vigorosas e obstinadas, que marcariam definitivamente o imaginário russo e abririam espaço para uma nova forma de realismo nos anos seguintes. Os dois escritores mantiveram um diálogo epistolar intenso. Górki mostra grande entusiasmo pela obra de Tch