Desnorteio, de Paula Fábrio
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBDRhBhcQcjYYXEq7RZkETsPcguFC22-GA6t3QLOBDOsGrvhbEpDd38Bwm-GV2oB_9eK5L_1qKHQITTaebAVdI4MRGQ8im1iiU5LIbZe6O0_9TH8P58_td7Q2ZhDLB60Rs0xqxea_2aV4/s640/HL.png)
Por Pedro Fernandes Se este texto merecesse um título deveria se chamar, talvez, “Paula Fábrio, um narrador em trânsito”. Não recebe porque não esta uma reflexão sobre a escritora, nem concebo uma prática de a escritora se imiscuir entre aquilo que narra, muito embora, admita certa inclinação memorialística logo na primeira página de Desnorteio , seu primeiro romance. Mas, é a ideia de trânsito tornada experiência e por isso tomo nota depois da leitura e cismo que este deveria ser um texto com este título. Narrar tem se tornado sempre mais experimentar-se (digo isso enquanto penso na experiência mais radical com que tive contato nas minhas leituras recentes – o português António Lobo Antunes). Agora, quem sou para dizer quando os escritores notaram sobre a possibilidade da manipulação corriqueira tal como fazem contemporaneamente com a narrativa. Alguma parte da crítica atesta que as coisas começaram com as vanguardas. Desde os surrealistas, dizem estes, nunca mais nar