Jauja, de Lisandro Alonso
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Por André Cupone Gatti Viggo Mortensen está ali como um tal de Gunnar Dinesen, um expedicionário dinamarquês, um cavaleiro quixotesco ou um John Wayne dos filmes de John Ford. O cinema western e a literatura romanesca são as principais referências da primeira metade de Jauja . Os planos bem abertos, as paisagens grandiloquentes, a pose do herói, os gestos do vilão, os boatos sobre um facínora, a tragédia amorosa da mocinha, tudo nos conduz a uma espécie de farsa ou fábula construída com signos enxutos e claros. Lisandro Alonso, no entanto, retorce algumas referências em prol de seu estilo ou da produção de novos significados: a dinamicidade é diluída em longos planos sequência, a câmera movimenta-se pouco, os planos são quase sempre abertos, e a proporção de tela é a menor possível (1:33:1), remetendo não só ao cinema clássico até 1950, mas principalmente aos fotogramas do cinema primitivo — aqui também estão as bordas abauladas a aumentar o domínio da câmara escura. Essa última e