O conselho de John Updike para os jovens escritores
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John Updike (ainda falaremos desse sujeito muito por aqui) disse certa vez que sua tarefa e “única obrigação” era “descrever a realidade como ela tinha chegado a mim – dar ao mundo sua beleza devida.” Termos que parecem ir na esteira do que disse Stendhal ainda muito antes do boom da literatura naturalista, “Um romance é um espelho que passeia pelo real”. Nas duas afirmações não está em questão a ideia de reprodução ou cópia da realidade, mas de criação a partir dela. Descrever a realidade tal qual ela vem até a mim é oferecer uma possibilidade dentre tantas de leitura do mundo; do mesmo jeito aquilo que reflete o espelho não é uma mera cópia do refletido, mas uma recriação do que se reflete. A crítica tem lido toda obra de Updike por essa ótica defendida pelo escritor e atesta que, sim, ele alcançou essa qualidade. Com um olho afiado e um intelecto criativo, o autor de Coelho cresce buscou reconstituir os detalhes da vida cotidiana alinhavando possibilidades por um tênu