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Mostrando postagens de dezembro 28, 2017

As melhores leituras de 2017 na opinião dos leitores do Letras

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– O som e a fúria , de William Faulkner. Foi uma experiência de leitura inexplicável. É tudo forte, intenso. (Hugo Trajano, Fortaleza – CE) – A cabra vadia , de Nelson Rodrigues. Um livro que, desde a elaboração dos personagens até as tramas de enredo, desconcerta clichês da brasilidade... Nelson merece ser lido, pelo menos de duas formas: como um exímio contador de histórias sobre o homem “civilizado” e como um pensador conservador, no sentido de que não temos no Brasil tantos pensadores assim, que nos apresentam uma contrapartida ao que predomina em nossa cultura a fim de estabelecermos um diálogo... Merece a leitura de todos, mas sem as reservas de quem é muito politicamente correto. Ainda que torça o nariz, leia até o fim! Afinal, o Brasil vislumbrado por Nelson existe! Não consigo negar isso. (Luiz Eduardo Mendes, Brasília – DF) – A sombra do vento , de Carlos Ruiz Zafón. Um livro que fala sobre o amor aos livros. Todo o ambiente literário do livro é um convit

Os melhores de 2017: cinema

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–  Lady Macbeth , de William Oldroyd. O livro do russo Nikolai Leskov Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk já inspirou diversos trabalhos grandiosos, como a ópera de mesmo título do compositor Dmitri Shostakóvitch. No cinema, antes da adaptação de William Oldroyd, o cineasta polonês Andrzej Wajda já havia realizado na década de sessenta uma leitura intitulada Lady Macbeth siberiana . A narrativa fílmica explora ao limite toda uma sorte de elementos que deflagram das pequenas às grandes violências impostas à mulher: Katherine se casa por conveniência – marca comum de seu tempo – com Alexander. Seu envolvimento com o empregado Sebastian é um dos pontos da trama favoráveis à montanha-russa de sentimentos que embalam a narrativa. E partir daqui, engana-se quem acredita que ela é apenas mais uma mulher passiva aos desmandos do macho. –  Elle, de Paul Verhoeven. Este filme lida com emoções difíceis e busca expor o lado oposto daquilo que socialmente preferimos negar a enc