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Afropessimismo, de Frank B. Wilderson III

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Por Eduardo Galeno Frank B. Wilderson III. The Nation. Olhavam para nós como se fôssemos zebras — James Baldwin, Se a rua Beale falasse     Some day, some day, lord Some day I'll, I shall wear a starry crown — cantado por Shirley Ann Lee     e há, mais majestoso ou diferentemente majestoso, mais soberano ou diferentemente soberano, a majestade da poesia ou a majestade do absurdo, na medida em que ela dá testemunho da presença dos humanos. — Jacques Derrida, A besta e o soberano     Uma frase introdutória: o fim do mundo é o começo da total insurreição negra. O texto do livro de Frank B. Wilderson III expõe o drama. Um drama pelo qual a negritude — forma senciente do corpo que descende da África — pega o bonde da história, do horror da história, da carnificina em que se desmonta. Texto carregado de vozes, histórias e sentidos — a cadeia significante que a brutalidade narrativa de um afropessimista pôde propor para nós, leitores (negros ou não). Brutal porque o texto de Frank se apo