As lições de Arthur Rimbaud
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyiAeJLMT8CZQJTYtbkYyTg4E9gIZH0Q0SLj-kQZyRg0o3ODLd57w68LkCw9gml6_FfunZGHqvcVSbMNr-goipitY3l258qOnQm7yq58WI3-ad8asmkee0zXVPi0e1vG8pNijLA35j5g/s640/714RSbm7wPL.jpg)
Por Neiva Dutra Mais de um século após a sua morte, Arthur Rimbaud é uma figura que dificilmente poderá vir a ser determinada com precisão. Contentemo-nos, portanto, em saudar sua prodigiosa velocidade, sua existência literária que comprovou, em pouco tempo, que a poesia é possível. Depois de Rimbaud, nada novo, nada mais a dizer, nada além de um reinício, a partir da intensa energia e das agitadoras formas do poeta. Se há algo que possa descrever a obra de Arthur Rimbaud é a demonstração de que a linguagem da poesia é uma linguagem da qual participam os significados infinitos da palavra, a figuração e a identidade. Sua obra é puro movimento, trabalhada com uma generosa distribuição de significados e de novos sons. Através do seu discurso, alegre e rápido, passa uma força intensa, que pode ser lida literalmente e em todos os sentidos. Esta superabundância de encontros o poeta desvela em uma afirmativa: Vendem-se corpos sem preço, de qualquer raça, de qualquer mundo, de