Ilusões perdidas, de Xavier Giannoli
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij2sGoW6eogscimtGC_ndbuA68mDXgtCzKx6lhXzQuK_HPU6yTZRBGP7AkPFlRBj-CyMiIhr4eV7z2aMm8vG06yKhwSB6TsTAT5MOg6peOMS1uPmGbI1yt_sVmanLpXsuhCO-xRkk_rXRqQPXeQ5M7TYm1jyFwJaJPcTyRhTTGzCK4GkJS8KVFz0c/s16000/Ilus%C3%B5es-Perdidas.jpeg)
Por Solange Peirão Quando Lucien de Rubempré, o jovem poeta provinciano e idealista, inicia seu trânsito por Paris, em busca de emprego e reconhecimento, acaba entre editores, de livreiros a jornalistas. A primeira confrontação mais direta foi com Étienne Lousteau, jovem como ele, de quem ouve a indagação: “você sabe o que é o meu trabalho?” E o romântico Lucien responde: “escrever sobre a Arte, a Beleza, o mundo…” A que o jornalista, sem rodeios, responde, na lata: “meu trabalho é enriquecer o dono do jornal!” Estava dado, assim, o núcleo desse bonito filme de Xavier Giannoli que se inspira em Ilusões perdidas , uma trilogia que compõe, por sua vez, A Comédia Humana , como é conhecido o conjunto da obra de Honoré de Balzac. E, em Paris, irá se cristalizar o que já se prenunciava na distante Angoulême. Aqui Lucien trabalha na gráfica do cunhado, escreve poesia e tem um affaire com Louise. Por meio dela, é introduzido no mundo da nobreza, pouco letrada e arrogante, não disponível