Uma foto, Salinger!
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4m4-a0KukSWoZUZhMu1YsWwvIIeP8zbS9qFBE52uRD4jJ_Y1J9NguOfDut_UnehAGIzjmwm0x6XN00I4vZ2_TDWhLCASdBWDrPk19Jo5cVgk46reQuKv9Peo7N8X8A-9NK6YnOk2-bI8/s1600/salinger.jpg)
Por Juan Tallón J. D. Salinger no clássico e icônico registro de Paul Adao. Passavam-se os anos e J. D. Salinger, assediado pelo sucesso de O apanhador no campo de centeio (1951), não dava sinais de vida; nem publicava, nem se deixava ser visto. Mas, sabia-se que escrevia e o resultado era guardado a sete chaves. Admitiu em algumas das poucas entrevistas que concedeu aos jornalistas que aprenderam ao longo dos anos como falar com o escritor em New Hampshire. “O que importa é apenas a literatura”, disse a Betty Eppes em 1980, quando aceitou falar com ela depois que a jornalista lhe deixou uma nota explicando que estaria num Pinto azul celeste parado próximo da ponte coberta que havia ao lado da casa dele. Em 1977, ante o silêncio literário que começava a durar demasiadamente, o editor de ficção da revista Esquire , Gordon Lish, ouviu dizer de seu chefe que não seria mal publicar uma bomba. Lish era um tipo ágil e tão logo pode – e pode nessa mesma noite – embria