Uma vida romanceada: sobre o legado literário e político de Edward Said
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHALD-wpyKx9QIX2Ty4E_bVIDjkv9xci912ok32vSXUVzjYT-SZhTf_od8W1Yasaz4ZRoTkp8IjrkcNqq03KqoN5Ue-UCmJLQI1j4uVnAikgYn6HDKJWPMoKy8poZCAqkPI47TbKgngEHS8xcUqfpzGRvUJTAmJU9ND_jUwjyysSLUy62zkuMNwrM/s16000/file-edward-w.-said-vgsui7d8iy.jpg)
Por Timothy Brennan Edward Said. Foto: Fundação Barenboim-Said Muito depois de sua morte em 2003, Edward W. Said segue como parceiro em muitas conversas imaginárias. Para aqueles que o conheceram, as trocas enquanto estava vivo fazem quase tanta falta quanto sua pessoa — os olhos escuros e penetrantes, compassivos mas ígneos, de um homem receptivo e atento, um pouco intimidador, e com frequência bastante engraçado. Eu me encontrava na Universidade de Madras, Índia do Sul, em dezembro do ano em que ele faleceu. A leucemia o havia derrotado apenas alguns meses antes e, agora que partira, os memoriais começavam a avolumar-se. Convidado a falar sobre sua obra tão distante de seu lar nova-iorquino, esperava achar-me em uma pequena sala de seminário, mas, em vez disso, fui conduzido ao gabinete do chanceler para tomar chá, com um funcionário do consulado norte-americano a seu lado, ambos surpreendentemente bem-informados sobre os escritos de Said, depois para um anfiteatro do tamanho de