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Shane: um olhar sobre a violência no cinema western

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Por Davi Lopes Villaça Um dos momentos-síntese do clássico cinema faroeste, Shane (1953), do diretor George Stevens, ajudou a compor aquele vasto universo ficcional, livremente inspirado na história da colonização do oeste dos Estados Unidos, que se enraizou no imaginário do público (não só do americano) como mito fundador de toda uma nação. O filme aborda uma questão bastante delicada, referente à contraditória relação de dependência entre civilização e violência. Uma pequena colônia de fazendeiros é hostilizada por um bando de vaqueiros que deseja expulsá-los da região para dar mais pasto a seus rebanhos. Os dóceis colonos não têm força nem coragem para medir-se com seus inimigos. Além disso, recorrer à violência implicaria trair aquilo que eles mesmos representam: o ideal de uma sociedade pacífica, baseada na justiça e não na lei do mais forte. Como pode o civilizado derrotar o bárbaro, que justamente por ser bárbaro é mais forte do que ele? Mais ainda, como pode