A festa do bode, de Mario Vargas Llosa
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Por Rafael Kafka A festa do bode é o terceiro livro de Mario Vargas Llosa que leio e o primeiro sobre o qual me decido a escrever. Já lera dele Conversa na catedral e A casa verde e mesmo tendo sido profundamente tocado pelos dois grandes romances, em especial o primeiro, não tive coragem de escrever sobre ambos. O motivo era simples: a grandiosidade do gênio literário que Llosa se mostrou me assombrou. Os enredos das duas obras acima citadas utilizam-se de um processo de construção muito complicado e cheio de artimanhas para prender o leitor. Tendo como mote uma conversa em um bar e uma antiga casa de prostituição, o Prêmio Nobel de 2010 constrói uma série de histórias que se entrelaçam, se cruzam e se remexem numa espécie de quebra-cabeça vivo. São dois ou três focos narrativos contados simultaneamente em tempos diferentes, com recuos e avanços constantes no tempo transformando a ação em algo vertiginoso e multifacetado. Como se não bastasse isso, os temas escolh