Sartre: a autenticidade e a violência
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj63KvNJJgO4m1JfW1VGbzGaBrsOFJ0i9GIuNnNYau9KzX-mM-vEXdbF6opMANg-j9tbhejDlUujEbyoWj9wa70m89UMuFNgwy4J1-jZcafilerNt9s_0sHNG4dhG1Z-qhvWwRG99_cVQ/s1600/sartre+e.png)
Por Jorge Martínez Contreras Jean-Paul Sartre morreu no dia 15 de abril em Paris, onde havia nascido há 74 anos. Numa entrevista publicada no início do ano no semanário francês Le Nouvel Observateur , havia declarado que viveria provavelmente mais cinco anos, talvez dez. Não sobreviveu nem dois meses às previsões. Sartre é agora um destino, o conjunto de suas obras e suas ações e dos juízos que sobre ele podemos fazer. Mas já que não poderá se defender do que no futuro afirmemos sobre sua vida e obra, comecemos por lhe infligir o inevitável e exato lugar-comum que o reconhece como um dos pensadores mais decisivos e prolixos do século XX. É dos poucos que puderam se expressar praticamente em todos os gêneros literários, sob o lema da nula dies sine linea (nenhum dia sem escrever). Publicou seis obras de cunho filosófico, quatro romances, um livro de contos, nove peças de teatro e duas adaptações, três roteiros de cinema, dez volumes de ensaios, três biografias e um infinidade d