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Machado ganha diferentes vozes em novas traduções de Memórias Póstumas de Brás Cubas

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Por Charles A. Perrone Diego Rivera. El joven de la estilográfica, 1914.   Não é sempre que duas traduções de uma grande obra da literatura ocidental aparecem simultaneamente; contudo, é exatamente isso o que ocorreu com o catálogo do verão de 2020 e a publicação de novas versões em inglês das Memórias Póstumas de Brás Cubas , de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908). Machado foi o presidente inaugural da Academia Brasileira de Letras, e, mais importante, é amplamente considerado o maior escritor de prosa ficcional na América Latina do século XIX, quiçá de todas as épocas. Brás Cubas foi um ponto de virada em sua carreira, marcando um afastamento da narrativa convencional dos romances românticos iniciais rumo a um realismo “sui generis” que não apenas o fez se destacar no Brasil de sua época, mas também o singularizou em meio à maior parte dos seus contemporâneos em qualquer lugar do mundo. A coincidência temporal e o interesse literário compartilhado convidam à comparação e inst