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Doze poemas de louvor ao vinho e suas virtudes (e uns quantos conselhos adicionais)

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Por Pedro Belo Clara Gerard Van Honthorst. Violinista feliz.    UMA NOITE ENTRE AMIGOS (Li Bai, China, séc. VIII)   Para esquecer a eterna tristeza do mundo nada melhor do que ficar a beber A noite convida-nos a conversar A lua tão clara não nos deixa adormecer Bebamos e cantemos entretanto Quando cairmos de bêbados A montanha será o nosso leito e o céu o nosso manto     A ESTRELA DO VINHO 1 (Li Bai, China, séc. VIII)   Se ao céu e à terra fosse indiferente Não haveria no céu a estrela do vinho nem o vinho brotaria de uma nascente Amá-lo é pois digno dos deuses   Incomparáveis as virtudes do vinho Puro ou terno como os homens e o seu coração Com três copos conquistamos a felicidade Mais três copos: temos o universo na mão     NAS MARGENS DO RIO (Du Fu, China, séc. VIII)   Todos os dias chego a casa bêbado Mesmo que para isso tenha de empenhar alguma peça de roupa ou pedir dinheiro emprestado Poucos homens lograram atingir a minha idade Olho as borboletas amarelas sorvendo o néctar ma