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Mostrando postagens de fevereiro 1, 2018

A família Manzoni, de Natalia Ginzburg

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Por Pedro Fernandes A família Manzoni , de Natalia Ginzburg é um romance desconcertante. A definição é dada unicamente pela compreensão de que a escritora italiana amplia todas as fronteiras dessa forma narrativa. Só para se ter uma ideia, este é e não é um romance histórico; é e não é um romance biográfico; é e não é uma saga familiar; é e não é um romance de costumes; é e não é um romance documental; é e não é um romance epistolar; é e não é um ensaio. Não é que a romancista tenha preferido um não-lugar ou um entre-lugar para o seu texto; sua tentativa é a de, ao se beneficiar das características que respondem pelas maneiras usuais como o romance clássico se assume, inovar através da indeterminação das fronteiras entre as diversas formas de narrar. O mesmo também se percebe pela escolha do alisamento entre as fronteiras do texto ficcional e as textualidades documentais, como o caso do ensaio, do documentário ou da historiografia. Se quanto à forma, A família