A família Manzoni, de Natalia Ginzburg
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRoN0jQGDkiUAGT1EGWhg47-LF_ob_NoBHhpYIXIxZ6uMsSdU9lg89m93zbuTNYtaduQippR-AIZrkO6DB1LjNR-OYM0jnlHGY4hICEDXEeS87UblxLWM7bQtIl5CjcX0d_cGi2LjrjQ/s1600/DL_a00365792_006-kPCG-U403800987440LG-644x483%2540MujerHoy.jpg)
Por Pedro Fernandes A família Manzoni , de Natalia Ginzburg é um romance desconcertante. A definição é dada unicamente pela compreensão de que a escritora italiana amplia todas as fronteiras dessa forma narrativa. Só para se ter uma ideia, este é e não é um romance histórico; é e não é um romance biográfico; é e não é uma saga familiar; é e não é um romance de costumes; é e não é um romance documental; é e não é um romance epistolar; é e não é um ensaio. Não é que a romancista tenha preferido um não-lugar ou um entre-lugar para o seu texto; sua tentativa é a de, ao se beneficiar das características que respondem pelas maneiras usuais como o romance clássico se assume, inovar através da indeterminação das fronteiras entre as diversas formas de narrar. O mesmo também se percebe pela escolha do alisamento entre as fronteiras do texto ficcional e as textualidades documentais, como o caso do ensaio, do documentário ou da historiografia. Se quanto à forma, A família