O fim de Eddy, de Édouard Louis
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Por Pedro Fernandes Édouard Louis. Foto: Frédéric Stucin A literatura está repleta de histórias sobre a violência e a pobreza nos pequenos e grandes centros. Em princípio, as narrativas tristes cumprem uma tarefa fundamental à formação do campo discursivo do literário: revelar à humanidade uma projeção de sua própria face, colocando no centro de interesse personagens e realidades silenciadas pelos discursos dominantes. Faz sentido se perguntar o que seria da história dos povos se um Victor Hugo não tivesse revelado a extrema miséria a que estavam condenados os franceses de seu tempo enquanto uma pequena parcela se refestelava às custas dos esforços dos miseráveis, ou como conheceríamos a pobreza e a exploração em Inglaterra, sem Charles Dickens, das mazelas impostas por modelos desastrosos como o comunismo na União Soviética nos vários livros que denunciaram os gulags ou o fracasso do capitalismo com o retrato duro desenhado pelo escritor estadunidense John Steinbeck. As