Drive my car, de Ryûsuke Hamaguchi
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7i5kVM_4nqi-kR5aCnjueTc_6ScWTWDtr35Api4ThLrZ9n1n5c81_LJCQKHAPHFG6imlPzYJEtjzuFlzS-7V6jt9XJ3hYQ93KXU1ChxtHCvYkb7QbRLmM56h47sl2Y_6CrnjgZOw5Ncuum5w2NFVBKM8Wfq8WDgE3nn5y2KyVOgtRcDz9oY0IFMM/s16000/main_b29d64103af09d211b827440c452b173.jpg)
Por Solange Peirão Preparando a viagem André Malraux, escritor francês, escreveu, em 1933, sua obra icônica, A condição humana . A ação se passa na China, durante um dos períodos efervescentes da república que se constituíra em 1911, e trata dos confrontos entre os revolucionários nacionalistas, liderados por Chiang Kai-shek, e os comunistas, seus aliados. Chiang, preocupado com o fortalecimento destes, acaba por traí-los, com o apoio do Ocidente. Em 12 de abril de 1927, milhares de operários e dirigentes comunistas foram dizimados, nesse que ficou conhecido como o massacre de Xangai. O romance reúne personagens de diversas nações, de diferentes línguas e ideologias. Mas não se trata de uma obra sobre engajamento político. Malraux enceta, antes, na condição do homem frente às questões que, mais tarde, serão caras ao existencialismo: a inevitabilidade da morte, matar e deixar-se morrer, durante o processo revolucionário; o mergulho no estranhamento de si mesmo e ali descobrir a ca