Nos vemos no paraíso, de Albert Dupontel
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiBICgA9zPwkeX6BbCvBeZuQz2JMTEZD8wZs83O6vtrvKPRZZ7UcQNYnDrY_otdwAo1EEzGFprF6JvbsxwDI3H96yemA0ulNg2RfL7N0DaAA780z4H8M9J7XVnm5aXgHwAM7Me5A1kdg/s1600/image+%25284%2529.jpg)
Por Pedro Fernandes Pierre Lemaître é um romancista recém-descoberto entre os leitores brasileiros. Até o presente uma pequena parcela de seus livros ganhou tradução por aqui; seu romance premiado no Goncourt de 2013, Au revoir là-haut , é base para o roteiro do filme de Dupontel que no César de 2018 arrebatou cinco premiações, incluindo Melhor Adaptação. De forte traço romântico a Alexandre Dumas, a narrativa parece querer ressignificar o mito francês do Homme au Masque de Fer apresentado pelo romancista no último capítulo da saga Os três mosqueteiros . Preso sob o nome de Eustache Dauger, esteve por mais de três décadas em várias prisões francesas, incluindo a Bastilha e a Fortaleza de Pignerol. O dilema sobre sua identidade serviu na construção de todo o imaginário que lhe cerca; e terá sido Voltaire, antes de Dumas, quem melhor contribuiu para tanto ao registrar em 1771 na segunda edição de suas Questions sur l’Encyclopédie , que o tal prisioneiro era, na verdade,