O negro de Dumas
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmRkzJ9WD7zxLWM8lmEuzg3deayaGFTCW1PbK8KDiz-ZM8ID9c3pkfr51FIE9NC-2g8ihhWIoHq38dDz6gIVOv5gAv_9DA6XEdLx-NqHJMQId5l8F3zHH3d8E-fUUdYboO3tdV67xC4qvCJILQ5_DFc3DxWvVQ6QOtKer_k0AXEX5MvKbA_vPFCmY/s16000/Captura%20de%20tela%202022-04-05%20084105.png)
Por Christopher Domínguez Michael Ainda não vi L’autre Dumas , filme de Safy Nebbou lançado em Paris em fevereiro de 2010 que conta, com o inefável Gérard Depardieu interpretando Alexandre Dumas, a dupla vida criativa do romancista que assinou Os três mosqueteiros e O conde de Monte Cristo . Digo assinou e não escreveu porque a autoria plena do escritor sobre suas criações nunca ficará completamente clara e o filme trata das relações entre Dumas e o principal (mas não único), de seus negros , Auguste Maquet. Isso de negro , ou mais precisamente “negro literário”, é uma etimologia francesa do século XVIII e não esconde mistério maior: assim eram chamados os autores escravizados pelos escritores famosos que compunham para eles panfletos políticos, romances e dramas sem que, obviamente, sua autoria fosse reconhecida e aqueles que recebiam, segundo a lenda, pagamentos miseráveis para dar fama a outros. Na anglosfera se chama ghost writers aqueles que na França ainda são chamados de