Antonin Artaud: entre a arte e a loucura
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Por Ricardo Marín Antonin Artaud. Foto: Man Ray. “Toda escrita é porcaria”, expressou Antonin Artaud em “O pesa-nervos”, um texto singular de prosa poética, um híbrido central para a obra de Artaud, em que a conformidade com um estilo único não é suficiente. Como bem pode revelar a citação inicial, o conformismo em geral não agrada a Artaud, um referente vanguardista do século XX dedicado à escrita, ao pensamento e às artes, conceitos que detestava na sua forma convencional, apesar de se dedicar a eles. Esta perturbação não é gratuita, uma vida de saúde mental instável, agravada por intensas dores de cabeça ao longo da vida, bem como a dependência de vários entorpecentes e drogas, fizeram dele uma figura atormentada que, curiosamente, se tornou um fiel reflexo do século em transição. Para falar de Antonin Artaud, é importante mencionar — mesmo antes de contextualizar — que suas maiores aproximações não são por meio de sua obra, mas por meio de suas ideias e, principalmente, das id