Nasci sem um caminho de volta, de Raimundo Neto
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Por Sérgio Linard Raimundo Neto. Foto: Editora Moinhos. Uma crítica comum a livros de literatura contemporânea é a de certo excesso com o uso dos materiais ou das temáticas sobre as quais os autores desejam discorrer em sua prosa ou poesia. Ainda que façamos considerável ponderação sobre a potencial resistência que por vezes atinge parte da crítica literária, há de se considerar que esse apontamento não é de todo infundado, posto que não são raros os casos em que a demanda por pautas específicas ou por formas momentaneamente elogiadas acabam fazendo com que o compromisso com a literatura seja deixado de lado em resposta a um compromisso social e/ou acadêmico. Sim, acadêmico, afinal, não é novidade o fato de um ou outro escritor, conhecendo os principais elogios da crítica especializada — porque em largo exemplo de casos faz parte dela —, recorrer a textos vazios de sentido em nome de pura e simples hermeticidade, a fim de reclamar autoridade técnica sobre seus escritos. O engodo do “