Inventário, de Heleno Godoy
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Por Pedro Fernandes Duas coisas chamam atenção sobre a caprichada edição agora publicada pela Martelo Casa Editorial: a primeira delas é a celebração de um nome da nossa poesia contemporânea antes do ponto final de sua obra só colocado se duas tristes circunstâncias se imprimem, a morte do poeta ou sua desistência da lide com a palavra; a outra é a demonstração de que um projeto literário de grande envergadura estético-formal é sempre possível no âmbito de uma literatura que já nos deu tantos nomes de inegável talento para a criação e logo de contribuição indispensável à formação de um universo multissignificativo para a consolidação de um cânone nacional capaz de interpor fronteiras com outros de maior durabilidade e seara na qual todas as obras que vieram depois não terão deixado de dela se aproximar. As duas coisas são de grande valia. Que a obra ainda é uma possibilidade de tocar a eternidade, esse lugar onde nunca nenhum de nós e nem mesmo os de presença assegurad...