Caderno proibido, de Alba de Céspedes
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Por Pedro Fernandes Alba de Céspedes. Foto: Marisa Rastellini É a partir da aquisição de um caderno, cumprindo a materialização de um desejo irrompido ao acaso enquanto compra cigarros para o companheiro, que Valeria Cossati mergulha numa variedade de impasses. Entre eles, está a relutância com a escrita iniciada dias mais tarde depois de forjar um tempo essencial para esse passatempo. O périplo, aliás, para conseguir manter atualizado o que vingará como um diário é um outro aparte importante; encontramos Valeria em vários lugares da casa, quase sempre disfarçando-se entre os afazeres domésticos ou atravessando noites, no silêncio do sono alheio para continuar com seu feito. Entre continuar ou não a escrever e escrevendo mesmo assim até encontrar o limite de suspensão da escrita, esse tratamento funciona como um jogo que consegue pelo menos dois feitos interessantes: o primeiro se materializa no desenvolvimento do diário, uma vez que os prolongamentos do assunto por sua autora s