Eu hei-de amar uma pedra, de António Lobo Antunes
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnn7CXOXceoV885aHk44L9ucXmxAGjUo_mWIXeLqb5kKuc7fz75zvJbmRjTIGQnR5sQkIJ9eJegmEEHRqQQTyx7q2AN8zVE2HL0RN0_1TwN7PvG1YwgIDYASvB-2dw9nd_YK8pMrdCan0/s16000/Ant%25C3%25B3nio-Lobo-Antunes.png)
Por Pedro Fernandes António Lobo Antunes. Foto: Leonardo Cendamo. António Lobo Antunes é autor de uma literatura rizomática. Cada romance seu é metonímia para o todo de sua obra, visto que, desponta como um pequeno filamento de um mesmo caule. Na filosofia pós-estruturalista o rizomático — termo derivado da imagem biológica do rizoma, caule subterrâneo em forma de raiz que se estrutura por multiplicação de outros filamentos — se ilustra uma compreensão estrutural do saber, igualmente múltiplo e sem respeitar uma subordinação hierárquica ou diretriz determinada. Na apropriação feita para o nosso caso, a adjetivação se reveste com os dois conceitos inferidos. No caso de Eu hei-de amar uma pedra , sua raiz é o episódio do reencontro de um homem com um amor da juventude que julgava desaparecido, o restabelecimento do enlace e a manutenção até à morte, guardado por uma sorte de acordo tácito dos amantes; dele deriva a variedade de episódios controlável apenas pela suspensão circunstanc