Short movies, de Gonçalo M. Tavares
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmvs3CtQVflk2sTQkIIABIptAvU8DcAssmFQb3zhxqxjHFQ6hDzJw9TLLTUgDKQ0OCSiNmOrUcKutOOGXG6jezB9FYBqX0OPBmGqaXnl41L-1VISMUieDIzuQFDB-26i_824nH00QrFw/s640/1425063469498.jpg)
Por Pedro Fernandes “Eu, da minha janela consigo ver tudo” A imagem antes da imagem. Assim poderíamos definir este livro que rompe com a própria natureza enformadora da ideia de livro; o objeto que o leitor tem em mãos é lógico que se trata de um livro, mas o seu conteúdo, capaz de nos obrigar a reinventar o gesto da leitura, requer pensarmos em outros objetos, como um catálogo que coleciona cenas ou um álbum de fotogramas verbais. Essa constatação é sugerida desde o título que, se traduzido ao pé letra para o português indicaria estarmos diante de um conjunto de “filmes curtos”, ou “curta-metragens”. Ante o adjetivo que acompanha o substantivo, a brevidade é outro elemento caracterizador dos textos aí reunidos. Mas, a qualidade das reflexões construídas por cada uma das quase sete dezenas de textos que constituem a obra, rompe com o senso comum de que a brevidade é signo de uma sociedade que perdeu a capacidade de se aventurar por textos cuja densidade esteja atre