O artista, de Michel Hazanavicius
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Por Pedro Fernandes O filme chegou num ano que se configura como o de homenagens ao cinema. A constatação se dá pela presença de outro título, este de Martin Scorsese, A invenção de Hugo Cabret . A consolidação de um novo filão para a indústria cinematográfica – o do metacinema – ou interesses comuns em torno de uma data festiva, os cem anos de Hollywood? A segunda opção é mais viável já que a primeira mantém sua presença desde o nascimento do cinema e não constitui necessariamente numa nova modinha dos cineastas, mas uma estratégia textual comum às produções contemporâneas. E por falar no cinema atual, O artista é uma das melhores criações desse novo tempo. Recria, desde a forma, a linguagem, o texto, uma parte da muito rica história do cinema estadunidense, desde as primeiras produções de Hollywood, e testemunha, despido de qualquer tom documentarista, o que foi, talvez, a maior revolução da criação dos irmãos Lumière, a transição entre o cinema mudo e o cinema fala