Gostaria que você estivesse viva
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Por Jenn Díaz – Gostaria que você estivesse morta – disse Chauvin. – E já estou – disse Anne Desbares. Moderato cantabile , Marguerite Duras A menina Marguerite. Primeiro Donnadieu, depois Duras. A menina francesa pobre com os lábios pintados, com sapatos de salto para ir jogar tênis, a menina do desejo físico, a inesgotável menina e duplamente menina na velhice. Marguerite Duras viveu cada um de seus dias como se estivesse a ponto de morrer e também como se ela mesma fosse a causa de sua morte, como se a vida valesse tudo, como se ela fosse a única com valor. Se algo não faltou à menina Marguerite foi paixão: na política, na literatura, no amor, na bebida, na maternidade, no cinema, na sexualidade. Sua infância, à qual voltará reiteradas vezes e a recriará em sua obra literária, está ocupada inteiramente pela violência e pela dureza. O amante não é, como assim tem sido considerado, uma autobiografia; é verdade que algumas passagens de sua v