James Joyce e Virginia Woolf como leitores
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Por Martín Schifino Os grandes escritores leem de outra maneira? Expressão suas intuições, toda vez, em textos diferentes aos produzidos pela crítica que não é criadora sozinha? Se alguém já fez essas perguntas, deve possuir parte das respostas. Mas deverão faltar definições, e um bom começo será encontrar com T. S. Eliot quando destaca a especificidade do crítico “cuja obra pode caracterizar-se como algo derivado de sua obra poética”. Sem dúvida, uma diferença essencial sobressai nessa “derivação”. Como nota o ensaísta e romancista ocasional James Wood, “o escritor-crítico, o poeta-crítico, se encontra em proximidade competitiva com os escritores sobre os quais fala”. A crítica, em duas palavras, forma parte de uma discussão contínua com os pares. Pode ser por isso o momento de expressar afinidades. E constitui uma oportunidade ideal para revisar a tradição. No seu limite, o escritor-crítico é como a assessoria de imprensa que imaginava Orwell em 1984 : ler o passado