Cada homem é uma raça, de Mia Couto
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Por Pedro Fernandes Enfim, tantos anos depois que o escritor moçambicano circula pelo Brasil, não só fisicamente, mas pela sua obra, já há muito editada pela Companhia das Letras, é preenchia uma lacuna na sua produção literária por aqui. É que, mesmo não sendo um leitor assíduo da obra de Mia Couto e mesmo fazendo ressalvas para alguns de seus trabalhos, sobretudo o romance último publicado por aqui, A confissão da leoa , tenho acompanhado de perto o crescimento da rede de leitores ou simplesmente admiradores de seu trabalho. É um feito raro para um escritor africano. Há muitos que circulam por aqui e que têm uma expressão literária além da do autor de Terra sonâmbula , mas que não têm a mesma aceitabilidade. Falo isso pensando em nomes como Pepetela e José Craveirinha, dois que trago na minha lista de leituras. Mia Couto, entretanto, terá escolhido uma linha tênue entre a forma estética e a capacidade de se aproximar de questões um tanto mais corriqueiras do dia-a-d