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Mostrando postagens de setembro 15, 2016

Cravos, de Julia Wähmann

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Por Pedro Fernandes No que tem se transformado parte dos romances herdeiros daquela tradição fundada em parte por Marcel Proust? Como o leitor poderá encontrar nas páginas de Cravos , em fio de uma sensível tessitura lírica. Isto é, uma quase fusão entre a prosa e a poesia; aquela só se mantém pela forma estrutural enquanto a última é meio através do qual o escritor elabora algo que já não é mais narrativa, no sentido tradicional como é geralmente empregado este termo.  Embora me sinta inclinado para a história mais comum e que tenha uma nesga de diálogo com o fora do hermetismo verbal porque tenho uma opinião de que a literatura e as artes são sistemas na complexa engrenagem social sempre sou fisgado pela engenhosidade criativa de alguns escritores – em grande parte, nesse território, embora sempre seja arrastado para o vale das decepções; sim, esse domínio da linguagem que se mostra /deve se mostrar pleno na superfície do texto nem sempre é alcançado pelos escritor...