Fortuna de Giovanni Boccaccio
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgndsZuOcrk3lHHmbQej5FIs4oBTThyYWCwDWrY7tZMNbhWZ9BQYDLlFtkJFd67R8tE9oeJbSyGXh__e3tTAGj2i_F7rGkLn5CunkxC1U_J002ANy9b5EIeBoXS74jHjexh4GVED700pYU/s1600/Giovanni_Boccaccio_and_Florentines_who_have_fled_from_the_plague.jpg)
Por Alberto Manguel Giovanni Boccaccio e os floretinos que fugiram da peste. A Fortuna, como os contemporâneos de Boccaccio bem sabiam, faz com que, na posteridade, nossa pessoa seja poucas vezes a que nós imaginamos. Boccaccio se definiu além de tudo como poeta, estudioso das línguas, pensador e só em última instância como narrador: a ficção importava para ele menos que a filosofia e a história, ou importava apenas como veículo para a filosofia e a história. Foi um precursor iluminado da grande literatura renascentista e pode escrever tanto no latim de seu amado Cícero como na nova língua toscana que compartilhou com Dante e Petrarca. Este último foi seu mestre e o incentivou a conhecer os clássicos pagãos, mas Dante foi seu ídolo. Como crítico literário, e o autor de sua primeira importante biografia, estabelecendo o método de leitura da Comédia (à qual deu o epíteto de “divina”, empregado ainda hoje pelos especialistas na sua obra), que consiste em analisa