Autoria, agenciamento e desdobramento
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIe0ZvwvwfaK4qTyh7J4S5O0tW-FkjKWZtNtddxVLdz65W-LfWRmvgXS_Ub6OYvuYNkba0efysWo5dVOA9Vti2RZftQWdZ3WEkD079zX68y4bMbiXO42aqnmaW7eX-QFh0iwdWfbwILEc/s640/614CB1BQWQL.jpg)
Por Tiago D. Oliveira Em uma entrevista, perto do fim de sua vida, o escritor argentino Jorge Luis Borges, afirmou que nunca se termina de aprender a ler. Talvez como nunca se termina de aprender a viver. Em A esponja dos ossos (editora 7 Letras), Maria Cecilia Brandi apresenta ao leitor poemas que são atravessados por uma coleção particular de fragmentos de prosa que foram acumulados no passar dos anos por uma afecção particular e amorosa. A autora busca expor a relação que seus poemas criam com tais fragmentos de maneira que esse movimento transpasse a prática de uma comum pilhagem para provocar uma busca pelo encaixe esculpido de sua produção com o que guardou de leituras. Em determinado momento fica claro que nesse exercício de intertextualidade cresce um outro ângulo de análise: seriam os poemas completados pelos fragmentos ou os fragmentos pelos versos da poeta? Ao final da leitura do livro fui acometido por uma série de direções, mas o que ficou claro no mar de mar