A Embaixada
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhha94Tq0Qj9opB_sUrK00UWN47nUz4_B_umeULqEOG7A91jBrjanXJJEgl_oMM1Igb-5__9mg5q-BVXded2jVwvycgq4V2PzPBb9FNtitwag5E3pnKJV78KmrPZCybXfTRg_AeOF_M3w/s1600/Sem+t%25C3%25ADtulo.png)
Por Juan Quintero Herrera Ilustração: Richard Lindner (detalhe) Ela continuou acreditando em Paco, apesar das tatuagens, dos comprimidos e da rotina das noites sem dormir. Naquela época ele nem imaginava que um dia viria a mudar. Apenas gozava os anos de juventude seguindo o lema de um escritor que proclamava que depois dos vinte e cinco anos não fazia mais sentido viver. E assim, existindo no limite, atingiu essa idade. Foi então que o amor causou a transformação. Por isso, naquela tarde, depois de já ter enfrentado duas entrevistas, penetrou orgulhoso naquela sala, cabelo crespo arrepiado, barba curta e desordenada, jeans, suéter branco e pasta embaixo do braço. Sentia-se completo. Independentemente do que viesse a acontecer, já era um vencedor. O agente indicou-lhe o assento, o único livre no pequeno ambiente. Dali pôde observar os outros, cada um à sua maneira enfeitado para a ocasião. Primeiro viu o velho em seu traje de domingo, reservado para os casame