As polêmicas vidas de Philip Roth
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikDUrjMslEpFWtoi8Mv2lXA2sagZmHV9cz-8IN2IIaPfgVMd7ZOPDWJP3Hb7E21vCHf-rLmu80Yq94E7jQd7ycVdIeEaO5WWKzTPY0kp9HPNgApYgZxQ0YFtQtgtkKnutuEOOOibmzYhfPmvjrF8SuYqRmOqUVcoGCxpdf2VSqGicJincg2_CNCIw/s16000/roth-lede-1617051652.jpg)
Por Javier Aparicio Maydeu Philip Roth. Fotos: Eve Arnold Nunca saberemos como Philip Roth resenharia esta biografia de Philip Roth, o romancista mascarado que quis se disfarçar de autobiográfico em Os fatos e que sempre precisava inventar suas próprias vidas e confundi-las com as vidas dos outros que sua profissão o levava a conceber em forma de personagens, jogando de desfigurar as fronteiras que separam o criador de suas criaturas, emaranhando o novelo de identidades. Na famosa entrevista para The Paris Review , o autor de A marca humana deixou claro que “a ideia é transformar pessoas de carne e osso em personagens fictícios e personagens fictícios em pessoas de carne e osso. […] Um escritor é um ator. Tem que haver algum prazer neste trabalho, e é isso, andar por aí disfarçado. Atuar como um personagem. Fazer-se passar pelo que você não é. Fingir”. E seus leitores sabem muito bem que ele perverteu fragmentos de sua vida disseminando-os entre seus personagens, heterônimos