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Mostrando postagens de junho 26, 2018

Apontamentos sobre inspiração, drogas e literatura

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Por Pilar R. Laguna Alguns dirão que a literatura é uma droga. E logo existirão muitas vozes contrárias, talvez mais que a favor desta afirmativa. Para estes, me justifico: a literatura pode viciar, consegui-la pode ser cara ou barata, entretem e logo nos abre mundos reais e imaginários como uma vivacidade que é difícil encontrar algum outro correspondente, mesmo se este for o cinema, seu grande competidor. Seja como for, a relação da literatura com a droga é muito mais que uma simples semelhança e está diretamente relacionada com a inspiração e a natureza de todas as ideias, porque abre de certo modo – e citando Aldous Huxley – as portas da percepção e nos dão acesso aos mistérios da mente, que não estão ao alcance de todas as pessoas. A inspiração é um conceito escorregadio. Poderia se dizer que sua definição é, em contrapartida, seu oposto, isto é, não ter nada a dizer. Ou seja, quando vem a inspiração é uma espécie de consciência recém adquirida de que temos algo a