Baudelaire & Poe, Ltda.
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvXoJHOFoDqv9lcCx5E4g0U4YRdW7WHmpVakpkqp2RYfVJUG0NGF7LLp4n2Kv04jQt5Kk26Pjr26gVs9c9cRMnA0dioMAMpxgYnxrhDbRLv3-ao91HjHDBY7tnr9Ix0fCmNvTwE7GyOw/s640/fnordmann_poe-transfer_ausschnitt.jpg)
Por Rafael Ruiz Pleguezuelos ilustração: Falk Nordmann Leia-me e saberás me amar. Assim adverte Baudelaire seus leitores. E faz, além disso, num dos melhores livros da história da literatura: As flores do mal . Isto de leia-me e saberás me amar sempre me pareceu um convite mágico, desafiante e até corajoso, mas sobretudo triste. Baudelaire foi acima de tudo um necessitado de amor. Desde seu sentimento de dândi, desde seus poemas retorcidos, desde sua fama de depreciar tudo e todos, dá continuamente a impressão de buscar amor no artifício das letras, no jogo de inteligências da palavra escrita. O mesmo ocorre com Poe, um que alguém aprende a amá-lo como pessoa lendo-o. Não leia sua biografia, nem mergulhe em seu anedotário e muito menos no que os seus contemporâneos afirmam que fez ou deixou de fazer. Apenas leia-o e saberá amá-lo. Baudelaire e Poe forjaram um tipo de leitor que poderia entendê-los e estavam seguros de que se alguém os lessem adequadamente os amariam de mane