La carretera del tiempo — uma leitura da obra de Juan Rulfo por Cristina Rivera Garza*
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEillobFJbQ1h7DAbCT07BTz-UrGQFfIeJxY32v-bEbijEHNZlZZLj7KJ-eBU0DTceDT2paBFXR1iLqOy0XGbwQQAT9aoUdo8DZRq8MjkWivdVHGL2dtQIpal3zydKQ-KexkV8X5UXGOOy4WSMR5P3deCYRICfHZEquOdacY4_6d10fZVARzU_Oob_0/s16000/aee95f609b4e75d37621091df1dc6cc3.jpg)
Por Felipe de Moraes [...] Al fin me encuentro con mi destino sudamericano. — De Jorge Luis Borges, em “Poema conjetural” “—¿Qué país es éste, Agripina?” — De Juan Rulfo, em “Luvina” Ilustração: Santiago Solís Paul Valéry, em suas Lições de Poética ministradas no Collège de France no ano de 1937, observa que é impossível mensurar as forças envolvidas no ato da escrita (2018, p.11 e ss); isso porque a obra literária não é apenas um reflexo da interioridade do seu autor, vista como um produto exclusivo de suas faculdades subjetivas e racionais, ao contrário, o romance, o conto, o poema, o drama só ganham vida no contato com o mundo externo, ou seja, com os seus receptores e na sua circulação histórica e cultural. O texto literário, portanto, pode e deve ser compreendido como uma forma que abriga tensões constantes entre os elementos contraditórios que o constituem: tradição e modernidade, civilização e barbárie, utopia e conservadorismo, variação histórica e permanência