A dor do homem, a identidade da terra. Leitura crítica do poema “Sísifo”, de Manuel Lopes
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrXqO2T7UBXezdZ2-GodziBx_rrSG8-jkgBJJFoo2I5mk10SPODcCnNOi96LD9XO_oRUAHFPj17_FaPUo4TpLPn-pk3wwz-RaeRrWKcfm8UsAVHroSra3uvUuKTkvE6w10-yCs39Xp0tM/s16000/20150403LAWRENCE-slide-TMYC-superJumbo.jpg)
Por André Cupone Gatti Jacob Lawrence. I. Dois fatores singularizam a história de Cabo Verde: a ausência de povos autóctones quando a ilha foi colonizada no século XV, e o desenvolvimento populacional calcado na mestiçagem. A identidade cabo-verdiana buscaria, portanto, nas raízes dos colonos ou na topografia do espaço insular a base da sua construção. As expressões culturais, tomando consciência da insularidade, procurariam nos aspectos interinos, na terra, na geografia das ilhas, a personalidade do povo de Cabo Verde. No que se refere à literatura, em específico à produção poética cabo-verdiana no século XIX, Simone Caputo Gomes, Professora Doutora na FFLCH-USP e pesquisadora em Literatura e Cultura de Cabo Verde, cita Elsa Rodrigues dos Santos (1989, p. 84) para mostrar que, no início do caminho literário cabo-verdiano, a fusão homem-terra constitui “o percurso iniciático do Homem no encontro com a sua Identidade, através da introspecção e do conhecimento real do espaço e dos agente