Dois, de Oscar Nakasato
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Por Pedro Fernandes Há uma longa tradição que atravessa desde os mitos fundadores, passa pela antiguidade, à contemporaneidade, sobre o duplo na literatura. O tema ou motivo assume várias feições e o romance de Oscar Nakasato a ele se filia através da representação dos irmãos de natureza distinta. Nesta linha está títulos como Esaú e Jacó , de Machado de Assis e Dois irmãos , de Milton Hatoum, para citar dois que logo podem vir à memória imediata do leitor. No caso de Dois , são os irmãos Zé Paulo e Zé Eduardo. Eles assumem as vozes do romance e recontam ora sua história pessoal, ora a história da família; nesta segunda variável, as narrativas oferecem muitas vezes pontos de vista distintos sobre uma mesma situação ou acontecimento. Propositalmente, Nakasato utiliza o lugar dos extremos desde a concepção original dessas duas personagens: o primeiro é o irmão mais velho e o segundo o mais novo de um grupo de quatro irmãos. Entre os dois estão o Zé Carlos e a M