Do porquê sou feminista (ou pró-feminismo)
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Por Rafael Kafka Eu era uma criança sensível demais. Chorosa demais. E estava rodeado de homens gabando-se de sua masculinidade, dizendo que em nossa família existiam ladrões, bandidos, mas não “viados”, muito menos putas. Cresci rodeado de amigos homens falando besteiras chulas em sequência, o tempo todo procurando provar o quanto eram homens ou como eram mais homens do que os seus colegas homens. Formei-me enquanto ser humano falando muito mais com mulheres, achando muito mais divertida a sua presença cheia de uma profusão de assuntos maior e mais diversificada, do que aquelas rodas de conversas masculinas cujo único assunto eram as mulheres. Mas não mulheres de carne e osso: mulheres de carne apenas, mulheres carne, mulheres que deveriam ser comidas sem dó nem piedade. Sensível, comecei a questionar a forma estúpida com a qual aqueles garotos agiam. O modo como eles passavam o tempo todo falando besteiras e fazendo idiotices para conquistar mulheres tolas em sua forma