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Mihály Babits. Entre a arte pela arte e o compromisso político

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    As letras húngaras têm uma importante tradição de poesia social e politicamente engajada. Um dos expoentes dessa poesia é um contemporâneo de Babits, Endre Ady, figura reverenciada da nação, além de personagem profundamente odiado por aqueles que nele viam como nada mais que a imagem de um traidor da pátria, de sua língua, de sua cultura e de suas tradições poéticas. Ady, personagem de destaque no círculo da revista Nyugat , órgão que representava uma estética progressista, ligada às tradições europeias, foi sem dúvida um poeta político e combatente que rompeu radicalmente com as tradições estéticas e morais petrificadas do passado. Babits, por sua vez, também ligado a Nyugat , iniciou sua carreira como poeta distante da política e das questões sociais, grande devedor e admirador das tradições e do espírito humanista. No entanto, as reviravoltas da história o forçaram a mudar de atitude.   Nascido em Szekszárd, Babits estudou Filologia Clássica e Francesa na Universidade de Budapes