A limpeza de Roald Dahl
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Por David Rieff Roald Dahl. Foto: Dmitri Kasterine A revelação de que as obras do famoso escritor de livros infantis Roald Dahl, reconhecido por Matilda , A fantástica fábrica de chocolate e As bruxas , foram sistematicamente expurgadas de linguagem que poderia ser considerada ofensiva para a sensibilidade da burguesia esclarecida da anglosfera provavelmente não deveria ter sido uma surpresa. A nossa não é apenas a segunda grande era de Bowdlerização, e as semelhanças entre os argumentos que Thomas, Jane e Henrietta Bowdler ofereceram quando apresentaram The Family Shakespeare em 1807 e aqueles agora oferecidos pela Random House/ Penguin’s Puffin Seal e Roald Dahl Estate para a completa desfiguração e “saneamento” moral da obra de Dahl são virtualmente indistinguíveis uma da outra. Em ambos os casos, o objetivo declarado não foi relegar Shakespeare ou Dahl à lata de lixo da história (literária), mas salvar cada um desses autores de um tão ignóbil destino editando e reescrevendo s