Garotos do Leste, de Robin Campillo
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibXNOZQl7O-9NcLPVV6wT3RY04zTol6xZVK9R_66Wo1yDTppD2F0MMP_Lb0_CyElsg6yk5K1KIsueasyr-zq1540v4feHuQLIMCMM26PnnxudfYBYyXUHF__a0HU6dIrzPeCkat01G-g/s1600/garotos-do-leste.jpg)
Por Pedro Fernandes Um passeio pela filmografia de Robin Campillo servirá para que possamos perceber o quão diverso pode ser um criador que não mede esforços para se reinventar a cada trabalho. Com quase uma dezena de produções uma prova que poderíamos utilizar para comprovar isso – e outros textos que porventura vierem sobre algum outro título do cineasta dirão a mesma coisa – é a distância entre o premiado 120 batimentos por minuto , um de seus trabalhos mais recentes e Garotos do Leste , de 2003. Naquele, a atenção da narrativa é pela construção de uma historiografia da luta pela humanização do Estado em relação aos soropositivos; e neste uma encenação de alta carga dramática e tensional sobre uma condição que estava no início de tudo, os fluxos de migração dos povos que continuamente atravessam condições adversas em seus territórios de origem para a Europa abastada. Em 120 batimentos Campillo dispõe do material do qual irá compor sua narrativa: a história da orga