A máscara de Dionísio: êxtase e alteridade em “A lenda do santo beberrão”
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Por Berta Ares Yáñez Joseph Roth. Emo Verkerk. O escritor de origem galega Joseph Roth (1896-1939) foi não só um brilhante contador de histórias, mas também um extraordinário estrategista e grande conhecedor das principais fontes da tradição europeia, especialmente da Bíblia e da Grécia antiga. Seus contemporâneos admiravam sua escrita, sóbria, clara e precisa, e seu estilo irônico. A crítica germânica o considera um dos mais importantes escritores da língua alemã, apesar, alguns apontam, de sua narrativa ser tradicional e continuadora, ou seja, epigonal. No entanto, estudos narratológicos recentes destacam a ação subversiva do escritor, especialmente por meio do uso da ironia e da ambiguidade. Aliás, esta qualidade de muitos dos textos de Roth, que também é a marca do seu estilo, poderia responder mais a uma mentalidade criativa mística do que à procura de novas formas de exploração que nascem com o século XX; no entanto, apenas sublinham o enorme potencial criativo deste legado, que